A importância da fisioterapia respiratória domiciliar
- Dr. Anderson Oteresback Lopes
- 29 de abr. de 2024
- 3 min de leitura
A Fisioterapia domiciliar vem se ampliando devido a dar a importância do contexto domiciliar para o cuidado de pacientes. No ambiente domiciliar, o fisioterapeuta avalia e elabora um plano tratamento contínuo, emitindo um diagnóstico cinesiológico funcional em nível domiciliar, proporcionando maior conforto e praticidade para o paciente, que as vezes se encontra em situação que dificulta sua ida até a clínica, seja pela mobilidade reduzida ou por alguma situação particular (enfermidade, idade, etc.)
Nesse contexto, a especificidade da fisioterapia respiratória tem-se procurado em maior escala, principalmente pelo momento que estamos passando desde o início da pandemia da COVID-19, seja no âmbito hospitalar (terapia intensiva e enfermaria) quanto na reabilitação ambulatorial e domiciliar. O aumento da demanda hospitalar nesse período levou ao crescimento da atenção “home care”. Segundo o Núcleo Nacional de Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (Nead), o número de pacientes atendidos no sistema de home care aumentou 35% desde o início da pandemia. Mas a fisioterapia não atende apenas nessa crise sanitária, senão já vem antes atuando nessa modalidade.

A fisioterapia respiratória tem como objetivo facilitar a eliminação das secreções traqueobrônquicas e, secundariamente, diminuir a resistência da via aérea, reduzir o trabalho respiratório, melhorar a troca gasosa, aumentar a tolerância ao exercício e melhorar a qualidade de vida.
Por exemplo, pacientes com uso de Ventilação Mecânica no domicilio não teriam como se deslocar até a clínica sem uma grande dificuldade, e necessita-se uma avaliação da mecânica respiratória do paciente, ajuste do aparelho respirador, avaliação da higiene pulmonar, tudo feito pelo profissional fisioterapeuta que se deslocaria até a casa do mesmo. Baseado nessa avaliação, poderá escolher o melhor caminho para atendimento: trabalhar com ambú, manobras de higiene, aspiração, reposicionamento no leito que favoreça a ventilação, etc. Tudo isso tem que ser feito por um profissional capacitado, através de uma acertada avaliação.

Já pensando nos procedimentos intervencionistas da fisioterapia respiratória podem ser descritos como técnicas de higiene brônquica, técnicas de reexpansão e desinsuflação pulmonar e incentivadores inspiratórios. Dentro dessas intervenções existem várias maneiras de serem executadas, visando a melhora clínica do paciente. Pode-se pensar na tosse ativa, manobras de compressão e descompressão, uso do ambú, posicionamento no leito, instrumentos que se utilizam de pressão positiva, bem como fortalecimento muscular no geral, deambulação, alongamentos, mobilizações.
Pode-se trazer também o uso da ventilação com pressão positiva ou ventilação não invasiva (VNI), bem como suas diversas modalidades, que se difundiu de forma complementar às técnicas convencionais durante a fisioterapia respiratória. O uso da VNI na terapia respiratória otimiza a reexpansão pulmonar, auxilia na remoção de secreção e diminui o trabalho respiratório durante o treinamento da musculatura respiratória.
Concluímos que a fisioterapia respiratória domiciliar se tem tornado importante para a recuperação ou manutenção do paciente, e que com o trabalho profissional pode-se alcançar uma melhor qualidade de vida.
Nossa clínica conta com uma equipe especializada que realiza atendimento domiciliar. Entre em contato conosco!
Dr. Anderson Oteresback LopesFisioterapeuta – CREFITO 271534-F
Referências Bibliográficas:
Silva, LWS; Durães, AM; Azoubel, R. Fisioterapia domiciliar: pesquisa sobre o estado da arte a partir do Niefam. Fisioter Mov. 2011 jul/set;24(3):495-501
Pandemia provoca aumento de 35% de pacientes em home care. Ago, 2021. Artigo retirado da internet: https://www.saudebusiness.com/mercado/pandemia-provoca-aumento-de-35-de-pacientes-em-home-care
Machado, MGR. Bases da fisioterapia respiratória: terapia intensiva e reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014
Abreu LC, Pereira VX, Valenti VE, Panzarin SE, Filho OFM. Uma visão da prática da fisioterapia respiratória: ausência de evidência não é evidência de ausência. Arq Med ABC 32(Supl. 2):S76-8.
Oliveira PMN, Oliveira PN, Zanetti NM. Uso da ventilação não invasiva como recurso da fisioterapia respiratória pediátrica. hu rev [Internet]. 5º de outubro de 2015 [citado 14º de março de 2022];41(1 e 2)
López JÁ, Morant P. Fisioterapia respiratoria: indicaciones y técnica. An Pediatr Contin 2004;2(5):303-6.
Comments