Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), no ano de 2019 mais de 120 milhões de pessoas sofriam com depressão no mundo. No Brasil, a estimativa foi de 11 milhões de pessoas, sendo 6% da população com o diagnóstico da doença, levando a 850 mil mortes por ano. Até 2020 a depressão seria a principal causa de incapacidade em todo o mundo.
Quando o assunto é depressão, precisamos estar atentos no período da adolescência, pois apesar de não ser incomum a alteração comportamental, é difícil perceber esse transtorno nesta fase.
Se faz necessário neste processo uma atenção redobrada com tais comportamentos diferenciados, juntamente com o movimento de isolar-se. Partindo deste ponto precisamos cuidar da naturalização que esse processo acontece para o senso comum, como algo sendo próprio da idade.
Estamos nos referindo a uma etapa da vida na qual é cheia de mudanças e cobranças, e neste processo o jovem acaba não se sentindo acolhido, e essa pressão o desorganiza, pressão essas como ter que se socializar bem, o primeiro emprego, a escolha da faculdade, as expectativas que os outros colocam em cima dele, as mudanças do seu corpo e o reconhecimento do mesmo, muitas vezes sua sexualidade, entre outras questões, vem então oportunizar os gatilhos para a depressão, automutilação e até mesmo pensamentos suicidas.
Se torna imprescindível um olhar mais atento para com toda e qualquer tipo de mudança, sejam elas "naturais" ou não tão comuns, preste atenção ao rendimento escolar, a automutilação, comportamentos de irritabilidade, o não interesse por atividades que até então gostava de fazer, a não higienização, tristeza , entre outros sinais que aparentemente nos passa muitas vezes despercebidos.
Se percebido não hesite em procurar um profissional, precisamos entender o transtorno e perceber que ele não tem relação alguma com "chamar atenção" , e se não tratado, pode acarretar em danos irreversíveis.
Depressão pode levar ao suicídio. Segundo OMS (2019) cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano – sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.
O tratamento adequado e o apoio dos familiares pode salvar vidas. Precisamos permitir que nossos jovens comuniquem sobre o que sentem, como se sentem, sem julgamentos , sem preconceitos , precisamos criar oportunidades de externalizarem toda essa tristeza que por muitas vezes se torna pesada e traz desorganização na fase da adolescência. Se faz necessário que aprendamos a observar, se aproximar e escutar nossos jovens, para que cresçam sabendo lidar da melhor forma com as mazelas que a vida nos impõe.
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Por: Psicóloga Bruna Rodrigues
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